segunda-feira, novembro 18, 2024

Associação Recreativa e Cultural assinalou 46º aniversário


A Associação Recreativa e Cultural de Travanca do Mondego [ARCTM], constituída notarialmente no dia 13 de Novembro de 1978, festejou ontem o seu 46º Aniversário, com um almoço-convívio, com animação musical, que decorreu no Pavilhão do Areal.

A Câmara Municipal esteve representada pelo Vereador António Magalhães Cardoso. Também presentes Luís Manuel Pechim, Presidente da União de Freguesias e Alda Morgado, vice-presidente dos Bombeiros Voluntários de Penacova. 


De salientar também a presença do associado fundador da ARCTM (nº 1), Francisco Rojais Henriques e, naturalmente, do actual Presidente da Direcção, José de Oliveira Henriques. [foto supra, de Carolina Rojais]

Aqui ficam algumas das imagens disponíveis neste momento:









Beneméritos da nossa terra: Júlio dos Santos Ribeiro


Júlio dos Santos Ribeiro, filho de João Bernardes Ribeiro, serralheiro, e de Balbina dos Santos, doméstica, naturais da freguesia de Travanca, nasceu no lugar da Portela no dia 4 de Julho de 1886.


Neto paterno de João Bernardes e Delfina dos Santos, e materno de José Alexandre e Ana dos Santos, foi baptizado na igreja paroquial de Travanca no dia 13 de Julho do referido ano, pelo Pároco “Encomendado” Bernardo José Maria da Fonseca.

Por ocasião da sua morte o jornal Notícias de Penacova (NP12 Jan 1974) escreveu que Júlio Ribeiro, “filho de gente pobre e humilde, cedo deixou a sua terra e partiu para terras do Brasil”.

Geralmente no mês de Agosto, por alturas da Festa de Nossa Senhora dos Remédios, por quem tinha grande devoção, vinha passar férias a Travanca.

Grande benemérito da freguesia, a ele se deve:

- o restauro interior e exterior da Igreja Paroquial, com douramento de todos os altares.
- o arranjo do adro, incluindo os muros de suporte.
- restauro da Capela de Nossa Senhora dos Remédios, igualmente com douramento do altar e aquisição de algumas novas imagens.
- arranjo do recinto desta capela
- a instalação do relógio na torre sineira da Igreja onde fora baptizado. A este propósito, refira-se que ainda hoje podemos ler na placa que se encontra na torre o seguinte:

“AO BENEMÉRITO JÚLIO DOS SANTOS RIBEIRO QUE OFERECEU A ESTA IGREJA O ACTUAL RELÓGIO / DEDICA A FREGUESIA ESTA LÁPIDE COMO DEMONSTRAÇÃO DE AGRADECIMENTO E AINDA COMO MEMÓRIA DE SUA ESPOSA D. RITA AMÁLIA RIBEIRO / 1-1-1954”

Também o autor da crónica do NP “Casos e Coisas”, que assinava “Manuel do Freixo”, na edição de 23 de Janeiro de 1954, enaltece e louva Júlio dos Santos Ribeiro. Sob o título “Vamos a Travanca” sublinha-se o relógio da torre instalado pelo Natal de 1953 e que terá custado 18 contos (18 000$00), incluindo os trabalhos de assentamento.

Outros gestos de benemerência:

- donativo de 50 mil escudos para apoio à electrificação da freguesia.
- oferta de avultadas verbas para as pessoas mais necessitadas.

“Dos mais ricos aos mais pobres, dos mais velhos aos mais novos, lhe devem alguma coisa de importante”- salientava o jornal Notícias de Penacova aquando de uma das suas vindas a Portugal.

Quando em inícios de Agosto de 1958 foi inaugurada a Luz Eléctrica, o NP escreveu o seguinte:

Vem Sua Ex.ª, de propósito do Brasil a esta sua querida terra onde nasceu, foi baptizado e viveu até aos 14 anos, para assistir à inauguração da luz eléctrica e às festas de Nossa Senhora dos Remédios. […] Travanca agradece e louva os seus beneméritos sem os quais continuaria às escuras.”

O autor da crónica do NP “Casos e Coisas”, que assinava “Manuel do Freixo”, na edição de 23 de Janeiro de 1954, enaltece e louva Júlio dos Santos Ribeiro. Sob o título “Vamos a Travanca” sublinha-se a instalação pelo Natal de 1953, do relógio da torre, que terá custado 18 contos (18 000$00), incluindo os trabalhos de assentamento.

Júlio dos Santos Ribeiro faleceu no Brasil nos primeiros dias do ano de 1974.
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Observação:

Por falar em Júlio dos Santos Ribeiro e do seu decisivo apoio no restauro de bens da Igreja, refira-se o contributo financeiro de outro travanquense em relação à Capela de S. João (Covais) e à electrificação da freguesia. Serafim Ferreira de Almeida, radicado no Brasil há 40 anos, contribui com cerca de 40 mil escudos para a reparação daquela capela. Obras que também contaram com o apoio de João de Almeida Coimbra e de Alberto de Almeida Coimbra. Para a electrificação da paróquia Serafim Ferreira de Almeida contribuiu com 5 mil escudos.

quarta-feira, agosto 14, 2024

Festas de N. Sª dos Remédios

 


O CULTO DE N. SRA DOS REMÉDIOS NA IGREJA CATÓLICA 

(…) Após o século XI, que coincide com o momento histórico da Reconquista,
o número de invocações aumenta expressivamente. Curiosamente, as imagens mais antigas de que se tem conhecimento com a denominação de “Nossa Senhora dos Remédios” datam do século XII e relacionam-se diretamente às batalhas travadas entre cristãos e mouros.

É dentro desta perspectiva da Reconquista que surge a Ordem da Santíssima Trindade, reconhecida pelo Papa Inocêncio III em 1199 com o propósito de libertar os cativos cristãos sob o domínio dos Mouros, com sede em Cerfroid, França. A Ordem dos Trinitários tem sua fundação datada em 1193 e em 1230 institui Nossa Senhora dos Remédios como patronesse e protetora da Ordem. Apesar disto, esta devoção só seja associada oficialmente a esta Ordem em 6 de novembro de 1620, na Bula Papal de Paulo V, que une o título de Nossa Senhora dos Remédios a Confraria da Santíssima Trindade, contribuindo para a difusão da devoção.

O fundador da Ordem, São João da Mata teria tido sua primeira visão de Nossa Senhora dos Remédios em Valência, no ano de 1202, quando este orava, atormentado pela imposição dos Mouros em dobrar a quantia exigida pela redenção dos cativos dos quais viera para comprar a liberdade.

Durante a oração a Virgem lhe apareceu entregando uma bolsa de moedas para “remediar” a situação em que se encontrava). Ainda se tem o relato de mais outras aparições, das quais destacamos a intervenção sobrenatural na vitória de D. João da Áustria contra os mouros, em Lepanto, no ano de 1571. 

As primeiras imagens de Nossa Senhora dos Remédios, datadas do século XII e XIII, se apresentam como esculturas em granito ou madeira, no estilo românico, sempre com a virgem sentada em um trono, trazendo ao colo, sobre seu joelho esquerdo o menino Jesus, também sentado.

in “AS MUITAS FACES DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS”,  Lidice Meyer Pinto Ribeiro ,Debates do NER, Porto Alegre, ano 18, n. 32, p. 259-287, jul./dez. 2017

terça-feira, julho 23, 2024

Marchas Populares continuam vivas

Com o mês de Junho vieram de novo à rua as Marchas Populares. Travanca mais uma vez marcou presença e honrou o nome da terra e as suas gentes.

A ARCTM - Associação Recreativa e Cultural de Travanca do Mondego há longos anos que vem organizando a Marcha, sempre com muito brio e reconhecida qualidade musical e coreográfica.


Com base na página do Facebook, deixamos aqui alguns apontamentos...para mais tarde recordar. 




















quinta-feira, janeiro 18, 2024

Recortes de jornal 1962: a despedida do P. Adriano e a recepção ao P. Jorge

 


As Terras de Mondalva

As Terras de Mondalva, outrora eram conhecidas com a denominação de "Casconha," talvez devido à fraca camada de terra arável que cobre o subsolo rochoso e por isso pouco produtivo.

Esta porção de território, situa-se entre os Rios Mondego e o seu afluente Rio Alva e estão instaladas as freguesias e Uniões de Freguesias de S.Pedro de Alva e S. Paio do Mondego; Paradela da Cortiça, esta fazendo união com Friúmes que já se situa para lá do Rio Alva, na sua margem esquerda; e também a União das Freguesias de Oliveira do Mondego e Travanca do Mondego, ocupando assim todo o espaço que se situa desde os contrafortes da Serra do Covelo, a nascente, S. Martinho da Cortiça a sul, e o Rio Alva a poente até à sua confluência no grande Mondego que a delimita a norte.

Foi o saudoso Doutor António Carlos Proença de Figueiredo, já de saudosa memória, que foi um insigne Diretor Geral do Ensino Técnico antes da Revolução de Abril de setenta e quatro, nascido nesta sede de freguesia, que ao escrever o seu brilhante livro intitulado "Noticias Históricas de Mondalva", lançado em 1985, que teve a brilhante ideia de alterar a denominação depreciativa de Casconha para a muito mais agradável Mondalva, aproveitando parte dos nomes dos Rios Mondego e o seu afluente Alva, que delimitam a região em causa a norte e poente.

Foi durante alguns anos, após a extinção do concelho de Farinha Podre em 1853, uma região um pouco esquecida, mas num passado não muito longínquo, devido ao empenhamento dos autarcas do Município e da Junta, e alguns beneméritos, tem recuperado o prestígio que lhe é devido a uma região muito bem situada e que tem tudo para as pessoas viverem felizes, notando-se com desagrado a falta de uma boa Zona Industrial para promover a fixação das pessoas e garantir-lhe o seu ganha-pão sem terem de sair para criarem riqueza noutras paragens.

Alfredo Fonseca
in Comarca de Arganil de 11-01-2024

terça-feira, dezembro 12, 2023

45 Anos da Associação Recreativa e Cultural assinalados com almoço-convívio




No dia 10 de Dezembro a Associação Recreativa e Cultural de Travanca do Mondego - ARCTM, realizou o seu almoço-convívio de Aniversário. Fundada em 1978, assinalou, assim, o seu 45º ano de existência.

Esteve presente a Srª Vice-Presidente da Câmara, Magda Rodrigues, e o Sr. Presidente da União de Freguesias de Oliveira do Mondego e Travanca do Mondego, Luís Manuel Pechim . Além destas personalidades, usaram da palavra o Presidente da Direcção da ARCTM, Sr. José Henriques, e o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ARCTM, João Azadinho. Fizeram-se representar a Associação dos Bombeiros Voluntários de Penacova, a Associação Melhoramentos Cultura e Recreio do Silveirinho e União Desportiva e Cultural de Vale da Vinha.

Durante a manhã, depois de uma missa /celebração da Palavra por intenção dos sócios falecidos realizou-se uma romagem ao cemitério local.





sexta-feira, dezembro 08, 2023

ARCTM assinala 45º aniversário


 

Faleceu Alípio Pereira Rosas que foi Presidente da Junta




Faleceu no dia 5 de Dezembro o Sr. Alípio Pereira Rosas, nascido a 5 de Fevereiro de 1928. Não sendo natural da freguesia aqui casou e exerceu a profissão de sapateiro, tendo sido também agente de seguros. Pessoa muito dinâmica e dedicada à freguesia exerceu também o cargo de Presidente da Junta . Foi o segundo presidente eleito democraticamente após o 25 de Abril, sucedendo a José de Oliveira Henriques. 

A fotografia que aqui se publica recorda a homenagem que, a 25 de Julho de 2010, foi prestada aos Presidentes de Junta eleitos após o 25 de Abril. “Agradecimento pelos serviços prestados, enquanto Presidente de Junta”, era a frase que constava nas placas, antecipadas pelo nome de cada um deles: José Oliveira Henriques, Alípio Pereira Rosas, Rufino Joaquim Pereira, Sérgio da Silva Ferreira Gomes, David Gonçalves de Almeida, Jaime Saraiva de Sousa (à data já falecido) e António Alves Dias Vieira. O presidente da junta João Azadinho agradeceu a presença de todos, em especial aos seus antecessores, justificando a falta do Prof. David Almeida, por este se encontrar ausente no estrangeiro, sendo a sua lembrança entregue ao Sr. Álvaro Ferreira, membro da junta no seu mandato.

Hoje, é com pesar, que vemos partir mais um dos autarcas, depois de também Rufino Pereira e Sérgio Gomes nos terem já deixado.


quinta-feira, agosto 03, 2023

"Aldeia em Festa"

Travanca do Mondego recebeu mais um "Aldeia em Festa", que contou com vários expositores de produtos locais e regionais e com a atuação do Rancho Folclórico e Etnográfico do Zagalho e Vale do Conde.

O programa "Aldeia em Festa", promovido pelo Município de Penacova com o apoio das juntas/uniões de freguesia percorreu diversas localidades do concelho.




















Fotos: Município de Penacova (FACEBOOK)