Ontem, 1 de Julho, no Campo do Areal, marcaram presença, além da Marcha de Travanca, as Marchas de Mata do Maxial, Foz de Arouce, Caldelas (Leiria), Semide e Taveiro (Marcha da Barqueira).
Este ano, a Marcha de Travanca teve como tema “A Flor” e foi “apadrinhada” pelo casal Maria Otília e José Arménio Azadinho. Esta foi a edição nº 16º. Veja AQUI notícias de alguns dos anos anteriores.
AS
MARCHAS POPULARES NA TRADIÇÃO PORTUGUESA
Crê-se
que esta tradição portuguesa terá começado em Lisboa a partir do século XVI ou,
segundo outras opiniões, desde o século XVIII, inseridas nas tradições
são-joaninas que têm lugar um pouco por todo o país, com as suas
características fogueiras e festões, manjericos e alho-porro.
No
entanto, as marchas populares da capital, tal como atualmente as conhecemos,
datam a sua origem de 1932. Possuindo as suas raízes mais próximas nas
tradições joaninas, as “marchas populares” depressa obtiveram a adesão
popular. Em 1936, quatro anos após o primeiro desfile organizado em Lisboa,
saíram à rua na cidade de Setúbal para, com o decorrer dos anos, iniciativas
semelhantes se estenderem a todo o país.
Organizadas pelas coletividades de cultura e
recreio, as “marchas populares” passaram a escolher preferencialmente
temas relacionados com os aspetos pitorescos e a história dos seus bairros. Em
relação à coreografia e à indumentária, caracterizam-se invariavelmente pela
fantasia e a teatralidade, não revelando em qualquer dos casos quaisquer
preocupações de natureza folclórica e etnográfica, pelo menos na sua perspectiva
museológica ou seja, de preservação da
sua autenticidade. Constituindo o folclore o saber do povo, é este que cria a
sua própria festa e constrói o saber à maneira do seu carácter, à sua feição e
modo de entender o mundo que o rodeia, adaptando-o sempre a novas realidades.
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