7/02/2017

Marchas desfilaram pelo 16º ano consecutivo

Mais uma vez a tradição se cumpriu em Travanca. Mais uma vez, um grupo abnegado de pessoas de todas as idades, com o apoio da Associação Recreativa e Cultural, actualmente presidida pelos Sr. José Henriques, levou avante a organização da Marcha, que actuou em diversos locais da região e trouxe até nós outros grupos.





Ontem, 1 de Julho, no Campo do Areal, marcaram presença, além da Marcha de Travanca, as Marchas de Mata do Maxial, Foz de Arouce, Caldelas (Leiria), Semide e Taveiro (Marcha da Barqueira).
Este ano, a Marcha de Travanca teve como tema “A Flor” e foi “apadrinhada” pelo casal Maria Otília e José Arménio Azadinho. Esta foi a edição nº 16º. Veja AQUI notícias de alguns dos anos anteriores.


AS MARCHAS POPULARES NA TRADIÇÃO PORTUGUESA

Crê-se que esta tradição portuguesa terá começado em Lisboa a partir do século XVI ou, segundo outras opiniões, desde o século XVIII, inseridas nas tradições são-joaninas que têm lugar um pouco por todo o país, com as suas características fogueiras e festões, manjericos e alho-porro.
No entanto, as marchas populares da capital, tal como atualmente as conhecemos, datam a sua origem de 1932. Possuindo as suas raízes mais próximas nas tradições joaninas, as “marchas populares” depressa obtiveram a adesão popular. Em 1936, quatro anos após o primeiro desfile organizado em Lisboa, saíram à rua na cidade de Setúbal para, com o decorrer dos anos, iniciativas semelhantes se estenderem a todo o país.

Organizadas pelas coletividades de cultura e recreio, as “marchas populares” passaram a escolher preferencialmente temas relacionados com os aspetos pitorescos e a história dos seus bairros. Em relação à coreografia e à indumentária, caracterizam-se invariavelmente pela fantasia e a teatralidade, não revelando em qualquer dos casos quaisquer preocupações de natureza folclórica e etnográfica, pelo menos na sua perspectiva  museológica ou seja, de preservação da sua autenticidade. Constituindo o folclore o saber do povo, é este que cria a sua própria festa e constrói o saber à maneira do seu carácter, à sua feição e modo de entender o mundo que o rodeia, adaptando-o sempre a novas realidades. 

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