7/09/2012

Apontamentos sobre as Freguesias (II): do Liberalismo ao Código Administrativo de 1940

Continuamos a publicar algumas notas sobre a evolução do conceito de freguesia na história do Direito Administrativo Português. Vamos hoje ver este processo desde o Liberalismo até ao Estado Novo, passando pela I República (1910-1926).

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7/03/2012

Nota de Imprensa da Câmara Municipal sobre as Marchas de Travanca



Alcides Fernandes (Presidente da ARCTM), Álvaro Ferreira (Padrinho da marcha de Travanca do Mondego), João Azadinho (Presidente da Junta), Humberto Oliveira (Presidente do Município de Penacova) e Fernando Fonseca (ensaiador marcha Travanca)
 
 Do Assessor de Comunicação do Município, recebemos a seguinte nota de imprensa:

Centenas de pessoas nas Marchas
em Travanca do Mondego, no concelho de Penacova

Este Sábado, em Travanca do Mondego, realizou-se mais uma noite de Marchas Populares, numa organização da Associação Recreativa e Cultural de Travanca do Mondego, em que participaram as marchas da Cheira-Penacova, Souselas, Santo António de Lorvão, Espite-Ourém e Grupo de Artes de Palco de Vila Nova de Anços.

A noite começou com um jantar convívio entre todos os marchantes, seguindo-se depois as atuações das marchas convidadas, terminando com a atuação da marcha da Associação Recreativa e Cultural de Travanca do Mondego, numa noite em que apesar de algum frio que se fez sentir, as centenas de pessoas que acorreram ao recinto desportivo de Travanca do Mondego, não arredaram pé.

No final, com as seis marchas no recinto, realizou-se a entrega das lembranças aos padrinhos, pelo presidente do Município de Penacova, Humberto Oliveira, pelo presidente da associação local, Alcides Fernandes, pelo presidente da Junta de Freguesia, João Azadinho, pelo vereador de Penacova, Ricardo Simões e pelo chefe de gabinete do presidente do município, Vasco Morais.

A Junta de Freguesia aproveitou o momento para entregar uma lembrança a Fernando Fonseca, como forma de agradecimento, pois desde há dez anos é ele o responsável pelas coreografias, músicas e letras das Marchas de Travanca do Mondego.
Bruno Paixão

7/01/2012

As desfolhadas foram tema da Marcha de Travanca

Curiosamente também a Marcha de Espite apresentou o mesmo tema. Publicamos aqui um texto que foi lido na apresentação da Marcha de Travanca:


Segundo Orlando Ribeiro, reputado geógrafo português, o clima, o solo, a abundância em água e as vastas planícies aluviais da região agrária da Beira Litoral, constituíram condições favoráveis ao cultivo do milho. Estando a nossa freguesia incluída nesta região, apresenta, também, várias tradições ligadas ao seu cultivo e recolha, sendo a mais famosa de todas as desfolhadas.
 As desfolhadas realizavam-se após a recolha do milho, depois de jantar ao serão, familiares, amigos e vizinhos juntavam-se nas eiras para desfolharem as maçarocas. Além do trabalho, as desfolhadas constituíam também momentos de convívio e de alegria, pois apareciam sempre um ou dois tocadores, ao som dos quais se cantava e bailava. Mas o momento alto, era quando alguém encontrava uma espiga vermelha e gritava “ milho rei”, dando-lhe direito a correr a roda, distribuindo abraços ou roubando beijos.
 Várias são as heranças dos tempos idos das desfolhadas na nossa aldeia, presentes por exemplo nas cantigas tradicionais e segundo os mais velhos, também, pela existência de um velho espigueiro, no lugar dos Covais, o que era curioso, uma vez que não é muito frequente encontra-los no nosso concelho.
Carmen Rojais

Marchas Populares repetiram a tradição e animaram Travanca



Fica desde já uma primeira síntese de imagens da noite de ontem.
Voltaremos mais tarde com mais pormenores.
Imagem: David Almeida

6/10/2012

Marchas de Travanca mantêm-se vivas: a primeira actuação foi ontem em Lorvão

Ontem a Marcha de Travanca apresentou o seu belo espectáculo em Lorvão. O tema deste ano são as Desfolhadas ou "escamisadas" (como era uso dizer-se). De momento deixamos duas fotografias de António Pais. Iremos dando conta de outras actuações e de mais pormenores sobre a actuação em Lorvão, onde decorre a Feira de Artes e Cultura.


4/01/2012

Travanca marcou presença na Manifestação Nacional pela Defesa das Freguesias

Foram cerca de 200 mil pessoas que de todo o país se concentraram ontem em Lisboa. (Veja Vídeo)Travanca também se fez representar. Do concelho de Penacova estiveram, além de Travanca, as freguesias de Oliveira, S. Paio e Paradela. Foi uma jornada de cidadania neste momento em que se tenta fazer uma reforma administrativa, passando por um processo puramente burocrático que procura atingir as freguesias. Aqui ficam algumas imagens ilustrativas da jornada que levou a Lisboa a bandeira da nossa freguesia e o NÃO dos travanquenses perante este objectivo do poder central.















3/30/2012

A essência das Freguesias, principalmente das rurais, não se pode definir por números mas por valores sociais e humanos




VEJA SITE DA ANAFRE
VAMOS LÁ ESTAR PARA DIZER NÃO!

Se os Homens não se medem aos palmos...as freguesias, especialmente as rurais, também não podem ser extintas por critérios de régua e esquadro!

3/20/2012

Visita ao Mundo Mágico de Walt Disney...com Chocolate


Conforme noticiámos, a Junta de Freguesia organizou um Passeio ao Festival do Chocolate, um evento que se vem realizando em Óbidos, este ano dedicado ao tema dos Desenhos Animados. As crianças que frequentam o Jardim de Infância bem como as que andam no 1º ciclo, tiveram a oferta da viagem. O passeio era aberto a familiares, pelo que foram muitos pais e avós que aproveitaram esta oportunidade de lazer, convívio e cultura, para conhecer não só o Festival em si mas também esta encantadora vila muralhada com o seu castelo altaneiro.
Além das imagens que o site da Junta publicou, deixamos aqui mais algumas fotografias do passeio.
A entrada do castelo e uma escultura em chocolate

Algumas das célebres personagens dos desenhos animados

 
Castelos...qual deles o mais encantado...

 
Um mundo de atrações que leva milhares de pessoas a Óbidos

 

3/14/2012

Srª Maria Rosa Duarte (ti Maria Rosa da Luz) celebrou 100 anos


Não é todos os dias que entre nós alguém festeja os 100 anos. A Srª Maria Rosa Duarte, mais conhecida por Maria Rosa da Luz (já sua mãe Conceição tinha este "apelido") acompanhada da Família e Amigos assinalou a data com um almoço que teve lugar no Hotel Rural da Quinta da Conchada. Mulher lutadora (viúva desde muito cedo pois o seu marido Augusto faleceu de acidente ocorrido na Ponte do Criz ainda os filhos eram pequenos), pessoa respeitada, sempre bem disposta. Os nossos Parabéns extensivos à Família com votos de muita saúde e muitos mais anos entre nós.

Também a Junta de Freguesia assinalou a data. Do Presidente da Junta, Dr. João Azadinho, recebemos o seguinte texto, bem como as fotos que publicamos:

"A Junta de Freguesia de Travanca do Mondego, concelho de Penacova, homenageou ontem a senhora Rosa Duarte Ferreira, que completou um século de vida. Rosa Duarte Ferreira, nasceu em 13 de Março de 1912 emTravanca do Mondego. Tem três filhos, 8 netos e 7 bisnetos. Como referiu João Azadinho, presidente da junta de freguesia, “a Ti Maria Rosa, como é conhecida, completou cem anos de vida e a Junta de Freguesia não podia deixar de assinalar de forma simbólica este dia, porque nos enche de orgulho e é um exemplo de vida. Também hoje atribuímos pela segunda vez o apoio à natalidade. Dada a proximidade de datas, surgiu-nos esta ideia de juntar o habitante mais novo e a mais idosa na nossa freguesia,separados por um século de vida.”


Marcaram também presença nesta homenagem, Humberto  Oliveira e Ernesto Coelho, presidente e vice presidente do município de Penacova, respetivamente. Aproveitando esta ocasião, procedeu-se à entrega do apoio à natalidade ao bebé Lucas Rodrigues Henriques. O apoio à natalidade foi uma medida aprovada em Abril de 2010 e consta na atribuição de um montante no valor da compensação mensal de um Presidente de Junta às famílias que tenham um segundo filho e que residam há mais de um ano na freguesia. Foi o caso do Lucas, nascido a 10 deJaneiro de 2012 e filho de Liliana Rodrigues e David Henriques."

2/19/2012

Travanca de Pai-Pedrinho: apontamento toponímico


Em tempos antigos Travanca ter-se-á chamado
TRAVANCA DE PAI-PEDRINHO

Não. Não é brincadeira de Carnaval. Apenas a imagem se trata de uma montagem. O resto tem fundamento histórico que caberá aos historiadores aprofundar.
Antes de se designar por Travanca do Mondego e ainda mesmo antes de ser conhecida por Travanca de Farinha Podre, Travanca ter-se-á chamado TRAVANCA DE PAI-PEDRINHO.
" Em 1320/1321 a diocese coimbrã contava entre as suas igrejas paroquiais algumas dedicadas a Santiago (…) Mais distantes (…) no Arcediagado de Seia (…) a Igreja de Santiago de Travanca de Pai-Pedrinho (concelho de Penacova)" – pode-se ler na Revista  Portuguesa de História, nº 34, no estudo " Coimbra e Santiago de Compostela: aspectos de um interelacionamento nos séculos medievos."
Também a História da Igreja em Portugal, de Fortunato de Almeida refere a dado passo a " Igreja de Santiago de Travanca de Pai-Pedrinho."
Ainda, no livro As Grandes Vias da Lusitânia: o Itinerário de Antonino Pio, de Mário Saa, faz alusão a "Travanca de Paipedrinho (S. Tiago)".
Aqui ficam, pois, estas pistas para um estudo da evolução toponímica de Travanca.
David Almeida

2/18/2012

Junta de Freguesia promove qualidade do ambiente natural e do ambiente social e cultural


 
A Junta de Freguesia participou mais uma vez no Projecto Escola Electrão, contribuindo assim para um "Portugal Mais Limpo". No sentido de proporcionar o convívio e o conhecimento de Eventos que se realizam pelo país fora, organizou também um Passeio a Óbidos (Festival do Chocolate) que se vai realizar no dia 17 de Março. De referir que as crianças até aos 12 anos beneficiam de viagem gratuita.

1/19/2012

20 de Janeiro: S. Sebastião comemorado em Travanca há 95 anos

Recorte do jornal Nova Esperança ( janeiro de 1997)
Celebram-se este ano 95 anos da Festa de S. Sebastião. Em 1997, ao assinalar-se o octogésimo aniversário, o saudoso Padre Veiga publicou um livro sobre esta solenidade e Travanca contou com a presença de D. João Alves, Bispo de Coimbra. Neste recorte do Nova Esperança podemos ver fotografias com 15 anos da tradicional procissão e da apresentação de S. Sebastião-um Santo de todos os dias.

D. João Alves e Padre António Veiga

Procissão em Honra de S. Sebastião, presidida pelo Bispo de Coimbra
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11/25/2011

Memórias: da apanha da azeitona ao fabrico do azeite

Painel de Azulejo sobre Apanha Tradicional da Azeitona
O texto que se segue resulta de um desafio lançado pelo autor do blogue à sua mãe, Maria da Puresa, a completar por estes dias 84 anos. Por sua mão, escreveu estas memórias (original manuscrito, com muito  poucas alterações)  sobre a "História do Azeite". Recordações  que aqui deixamos como partilha e como registo de uma actividade que marcava o calendário dos trabalhos do campo e que hoje é cada vez mais mecanizada.
A APANHA DA AZEITONA
A apanha da azeitona é um pouco complicada e perigosa. Não é fácil andar numa escada em cima de uma oliveira. Às vezes a escada é atada à oliveira para ficar segura.
A azeitona é repigada à mão mas também se utiliza a vara para varejar a que está mais difícil e os ganchos para puxar as hastes que estão mais longe da escada para repigar.
Estendem-se os panais debaixo das oliveiras e começa o trabalho. Os homens sobem as escadas e vão repigando. A que cai fora dos panais é apanhada por mulheres para baldes de plástico. Antigamente eram cestos feitos de tiras de madeira.
A seguir vai para os sacos, depois é erguida. Punham-se panais encostados a uma parede e com um prato atirava-se a azeitona do saco e jogava-se ao ar no sentido contrário ao vento para limpar as folhas.
Andava-se a apanhar até Janeiro. Apanhava-se muito frio.Agora fica madura mais cedo. Iamos de manhã já com um almoço tomado e levavamos uma bucha para o meio da tarde.
Apanha tradicional da azeitona
A família Tenreiro de Oliveira do Mondego tinha oliveiras em Travanca do Mondego e arredores. O Sr. José Cortez de Lagares era encarregado de contratar as pessoas para a apanha dessa azeitona. Formavam grupos e traziam um corno. Tocavam de manhã para se juntarem. Como as oliveiras eram longe umas das outras iam tocando durante o dia para saberem uns dos outros.
A Igreja de Travanca também tinha oliveiras em vários sítios, até no Vale do Barco. Antigamente muitas pessoas ofereciam uma oliveira à Igreja. Os membros da Irmandade é que se encarregavam da apanha dessa azeitona, chamavam-lhe a azeitona da Confraria. Também juntavam grupos: de manhã tocavam o corno para se juntarem, iam tocando durante o dia para se comunicarem e à noite, quando regressavam a casa. Essa azeitona era leiloada. Uma parte era para pagar ao pessoal, a outra revertia para a Igreja.
Só estes grupos é que utilizavam o corno.
O FABRICO DO AZEITE
Até ter vez no lagar, a azeitona era conservada em tulhas com sal; hoje em dia não se utiliza o sal conserva-se em água.
Antigamente a funda do azeite chegava a 20 e tal por cento, porque a azeitona ia para o lagar muito apertada. Os lagares só faziam três moinhos por dia.Eram tocados a água, quando faltava a água eram os bois que faziam andar a roda. Essa roda é que fazia andar as galgas, eram pedras em forma de mó feitas de pedra milheira. Estavam a andar de roda, a moer a azeitona. Depois de moida era enceirada numas ceiras enormes feitas de capacho. A seguir, ia para a prensa. Era o tronco inteiro de uma árvore muito forte com raiz e pedras agarradas. No meio tinha uma cavidade onde trabalhava um fuso, em madeira com rosca, tinha uma peça com buracos e metiam umas trancas. Eram dois homens que faziam aquilo rodar para ir baixando e apertando cada vez mais. O azeite seguia para as tarefas, que eram umas pias de pedra. Estava um tempo a apurar. Não havia separadora.
Esquema da prensagem
por meio de varas
Os lagares eram sempre em sítios baixos e com maus caminhos. Eram carros de bois que carregavam a azeitona em sacos de mais de 100 quilos. Era carregada para o carro numa padiola. Vinha um homem na véspera ensacá-la. No lagar tinha o mestre que era o responsável pelo fabrico do azeite. No Lagar da Ribeira da Pesqueira era o Sr. Joaquim Manaia da Parada. Tinha um lenheiro que fornecia a lenha para a fornalha e mato das ladeiras e mais 3 homens para descarregar a azeitona e todo o trabalho que era preciso. A luz eram candeias de azeite. Os trabalhadores dormiam em tarimbas.
Eu só fui a dois lagares desses tocados a água, o da Ribeira da Pesqueira e o do rio Alva no lugar do Cornicovo. Eram os dois do Sr. Celestino da Conchada. Mais tarde foram vendidos para o Sr. José Carlos, de Oliveira do Mondego. Também havia o Lagar do Petêlo e o da Ribeira de Lagares. Hoje, estão cobertos de água da Barragem do Coiço e da Barragem da Aguieira.
O azeite era medido para latas do dono do lagar. Quando estavam vazias tinhamos de as levar ao lagar. Quando se ia assistir à medição do azeite levava-se uma vasilha para as borras, que postas ao lume, o azeite apurava e tirava-se até dois litros.
Também se trazia a baganha para alimento dos porcos. Por cada moinho de baganha, dava-se uma refeiçao aos trabalhadores. Eu fui mais o meu pai levar almoço ao lagar da Ribeira da Pesqueira. Lá é que eu vi como eram os lagares daquele tempo.
A azeitona para curtir
A azeitona também é boa para comer. Está 30 dias ou mais em água fria, troca-se a água de 8 em 8 dias para perder o amargo. Depois é lavada põe-se num pote uma camada de azeitona, sal, louro, alecrim e folhas de laranjeira. Repetem-se as vezes necessárias. Está sem água 8 dias. Depois cobre-se de água fria. Está pronta para comer.
Diziam os antigos que a melhor água para a azeitona era a de Janeiro. Ela agora amadurece mais cedo.
Mudaram os tempos.
Maria da Pureza dos Santos Gonçalves

11/06/2011

Recriação das tradições ligadas à azeitona e ao azeite: acima de tudo, um dia de franco convívio

LIGUE O SOM

A recriação da apanha tradicional da azeitona (síntese de imagens)
[sem som]

 
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E AGORA A NOTÍCIA:
Às oito horas em ponto o som do corno fez-se ouvir. Daí a pouco começavam a chegar ranchos de pessoas, preparadas para o dia de trabalho: escada de madeira às costas, gancheta, cesto, farnel com a bucha e cabaça com vinho.

Começa-se por estender a roupa (os panais)e colocar as escadas nas oliveiras. Segue-se uma pausa... é que os figos secos acompanhados de um cálice de aguardente da colheita deste ano estavam ali mesmo à espera.
Os homens começam por subir às oliveiras, "repigando" e nalguns casos varejando. Cá em baixo as mulheres vão apanhando a azeitona que vai saltando dos panais ou que o vento já havia deitado abaixo. O trabalho está a render bem, mas a dado momento alguém começa a lembrar a "bucha" que nunca mais chega.
Finalmente aparece: "filhoses" quentinhas, sardinha frita, azeitonas, queijo, pão e a água pé deste ano. Aconhegados os estômagos e com outro ânimo há que regressar ao trabalho. As nuvens parecem anunciar aguaceiros, há que despachar um pouco mais. E é "mei-dia"... lá vem o almoço. Na cesta vem a loiça, as batatas, as migas. O bacalhau está a ser assado na brasa ali mesmo. No fim, chega o azeite novo, do "moinho" feito na noite anterior.

A fome já apertava. Toalha estendida no chão cada um se serve. A água-pé, o vinho animam a festa. O convívio prolonga-se, alguém faz anos, mais um copo, mais uma conversa.

Mas...agora falta "erguer" a azeitona e ensacá-la. No fim, as "filhoses"... A apanha do dia hoje deu para fazer um bom "moinho". Qual o lagar com menos aperto? Ribeira da Pesqueira, Petêlo, Ribeira de Lagares, Cornicovo*, Relvão, Silveirinho?

A decisão acabou recair no último: o Lagar do Silveirinho (que apesar de modernizado ainda mantém o estatuto de Lagar Tradicional), gerido por gente de Travanca, lá conseguiu uma vaga e foi mesmo ali, que o fruto de luto vestido se transformou, depois de mil "padecimentos" no óleo dourado que há-de regar muitos e bons pratos da nossa tradição.

Ah...falta dizer que "fundiu" muito bem: 19 por cento. Coisa que já não se ouvia há muitos anos...

*Lagares já desaparecidos há muitos anos

11/04/2011

Há 43 anos o Padre Jorge Marques dos Santos deixou Travanca

Depois de ter paroquiado durante seis anos Travanca, Oliveira e Almaça o Sr. Padre Jorge Marques dos Santos partiu para outras funções (Capelão Militar) em 1958. Seguiu-se- lhe como Pároco, o Sr. Padre António Oliveira Veiga e Costa.
Aqui fica um recorte do jornal Notícias de Penacova:
Recorte do Notícias de Penacova de 5 de Outubro de 1958
A notícia, salvo erro, é assinada por Joaquim Marques Luís

Apanha da Azeitona à Moda Antiga


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