sexta-feira, novembro 25, 2011

Memórias: da apanha da azeitona ao fabrico do azeite

Painel de Azulejo sobre Apanha Tradicional da Azeitona
O texto que se segue resulta de um desafio lançado pelo autor do blogue à sua mãe, Maria da Puresa, a completar por estes dias 84 anos. Por sua mão, escreveu estas memórias (original manuscrito, com muito  poucas alterações)  sobre a "História do Azeite". Recordações  que aqui deixamos como partilha e como registo de uma actividade que marcava o calendário dos trabalhos do campo e que hoje é cada vez mais mecanizada.
A APANHA DA AZEITONA
A apanha da azeitona é um pouco complicada e perigosa. Não é fácil andar numa escada em cima de uma oliveira. Às vezes a escada é atada à oliveira para ficar segura.
A azeitona é repigada à mão mas também se utiliza a vara para varejar a que está mais difícil e os ganchos para puxar as hastes que estão mais longe da escada para repigar.
Estendem-se os panais debaixo das oliveiras e começa o trabalho. Os homens sobem as escadas e vão repigando. A que cai fora dos panais é apanhada por mulheres para baldes de plástico. Antigamente eram cestos feitos de tiras de madeira.
A seguir vai para os sacos, depois é erguida. Punham-se panais encostados a uma parede e com um prato atirava-se a azeitona do saco e jogava-se ao ar no sentido contrário ao vento para limpar as folhas.
Andava-se a apanhar até Janeiro. Apanhava-se muito frio.Agora fica madura mais cedo. Iamos de manhã já com um almoço tomado e levavamos uma bucha para o meio da tarde.
Apanha tradicional da azeitona
A família Tenreiro de Oliveira do Mondego tinha oliveiras em Travanca do Mondego e arredores. O Sr. José Cortez de Lagares era encarregado de contratar as pessoas para a apanha dessa azeitona. Formavam grupos e traziam um corno. Tocavam de manhã para se juntarem. Como as oliveiras eram longe umas das outras iam tocando durante o dia para saberem uns dos outros.
A Igreja de Travanca também tinha oliveiras em vários sítios, até no Vale do Barco. Antigamente muitas pessoas ofereciam uma oliveira à Igreja. Os membros da Irmandade é que se encarregavam da apanha dessa azeitona, chamavam-lhe a azeitona da Confraria. Também juntavam grupos: de manhã tocavam o corno para se juntarem, iam tocando durante o dia para se comunicarem e à noite, quando regressavam a casa. Essa azeitona era leiloada. Uma parte era para pagar ao pessoal, a outra revertia para a Igreja.
Só estes grupos é que utilizavam o corno.
O FABRICO DO AZEITE
Até ter vez no lagar, a azeitona era conservada em tulhas com sal; hoje em dia não se utiliza o sal conserva-se em água.
Antigamente a funda do azeite chegava a 20 e tal por cento, porque a azeitona ia para o lagar muito apertada. Os lagares só faziam três moinhos por dia.Eram tocados a água, quando faltava a água eram os bois que faziam andar a roda. Essa roda é que fazia andar as galgas, eram pedras em forma de mó feitas de pedra milheira. Estavam a andar de roda, a moer a azeitona. Depois de moida era enceirada numas ceiras enormes feitas de capacho. A seguir, ia para a prensa. Era o tronco inteiro de uma árvore muito forte com raiz e pedras agarradas. No meio tinha uma cavidade onde trabalhava um fuso, em madeira com rosca, tinha uma peça com buracos e metiam umas trancas. Eram dois homens que faziam aquilo rodar para ir baixando e apertando cada vez mais. O azeite seguia para as tarefas, que eram umas pias de pedra. Estava um tempo a apurar. Não havia separadora.
Esquema da prensagem
por meio de varas
Os lagares eram sempre em sítios baixos e com maus caminhos. Eram carros de bois que carregavam a azeitona em sacos de mais de 100 quilos. Era carregada para o carro numa padiola. Vinha um homem na véspera ensacá-la. No lagar tinha o mestre que era o responsável pelo fabrico do azeite. No Lagar da Ribeira da Pesqueira era o Sr. Joaquim Manaia da Parada. Tinha um lenheiro que fornecia a lenha para a fornalha e mato das ladeiras e mais 3 homens para descarregar a azeitona e todo o trabalho que era preciso. A luz eram candeias de azeite. Os trabalhadores dormiam em tarimbas.
Eu só fui a dois lagares desses tocados a água, o da Ribeira da Pesqueira e o do rio Alva no lugar do Cornicovo. Eram os dois do Sr. Celestino da Conchada. Mais tarde foram vendidos para o Sr. José Carlos, de Oliveira do Mondego. Também havia o Lagar do Petêlo e o da Ribeira de Lagares. Hoje, estão cobertos de água da Barragem do Coiço e da Barragem da Aguieira.
O azeite era medido para latas do dono do lagar. Quando estavam vazias tinhamos de as levar ao lagar. Quando se ia assistir à medição do azeite levava-se uma vasilha para as borras, que postas ao lume, o azeite apurava e tirava-se até dois litros.
Também se trazia a baganha para alimento dos porcos. Por cada moinho de baganha, dava-se uma refeiçao aos trabalhadores. Eu fui mais o meu pai levar almoço ao lagar da Ribeira da Pesqueira. Lá é que eu vi como eram os lagares daquele tempo.
A azeitona para curtir
A azeitona também é boa para comer. Está 30 dias ou mais em água fria, troca-se a água de 8 em 8 dias para perder o amargo. Depois é lavada põe-se num pote uma camada de azeitona, sal, louro, alecrim e folhas de laranjeira. Repetem-se as vezes necessárias. Está sem água 8 dias. Depois cobre-se de água fria. Está pronta para comer.
Diziam os antigos que a melhor água para a azeitona era a de Janeiro. Ela agora amadurece mais cedo.
Mudaram os tempos.
Maria da Pureza dos Santos Gonçalves

domingo, novembro 06, 2011

Recriação das tradições ligadas à azeitona e ao azeite: acima de tudo, um dia de franco convívio

LIGUE O SOM

A recriação da apanha tradicional da azeitona (síntese de imagens)
[sem som]

 
Se não visualizar bem ou se quiser amplicar
clique na imagem

E AGORA A NOTÍCIA:
Às oito horas em ponto o som do corno fez-se ouvir. Daí a pouco começavam a chegar ranchos de pessoas, preparadas para o dia de trabalho: escada de madeira às costas, gancheta, cesto, farnel com a bucha e cabaça com vinho.

Começa-se por estender a roupa (os panais)e colocar as escadas nas oliveiras. Segue-se uma pausa... é que os figos secos acompanhados de um cálice de aguardente da colheita deste ano estavam ali mesmo à espera.
Os homens começam por subir às oliveiras, "repigando" e nalguns casos varejando. Cá em baixo as mulheres vão apanhando a azeitona que vai saltando dos panais ou que o vento já havia deitado abaixo. O trabalho está a render bem, mas a dado momento alguém começa a lembrar a "bucha" que nunca mais chega.
Finalmente aparece: "filhoses" quentinhas, sardinha frita, azeitonas, queijo, pão e a água pé deste ano. Aconhegados os estômagos e com outro ânimo há que regressar ao trabalho. As nuvens parecem anunciar aguaceiros, há que despachar um pouco mais. E é "mei-dia"... lá vem o almoço. Na cesta vem a loiça, as batatas, as migas. O bacalhau está a ser assado na brasa ali mesmo. No fim, chega o azeite novo, do "moinho" feito na noite anterior.

A fome já apertava. Toalha estendida no chão cada um se serve. A água-pé, o vinho animam a festa. O convívio prolonga-se, alguém faz anos, mais um copo, mais uma conversa.

Mas...agora falta "erguer" a azeitona e ensacá-la. No fim, as "filhoses"... A apanha do dia hoje deu para fazer um bom "moinho". Qual o lagar com menos aperto? Ribeira da Pesqueira, Petêlo, Ribeira de Lagares, Cornicovo*, Relvão, Silveirinho?

A decisão acabou recair no último: o Lagar do Silveirinho (que apesar de modernizado ainda mantém o estatuto de Lagar Tradicional), gerido por gente de Travanca, lá conseguiu uma vaga e foi mesmo ali, que o fruto de luto vestido se transformou, depois de mil "padecimentos" no óleo dourado que há-de regar muitos e bons pratos da nossa tradição.

Ah...falta dizer que "fundiu" muito bem: 19 por cento. Coisa que já não se ouvia há muitos anos...

*Lagares já desaparecidos há muitos anos

sexta-feira, novembro 04, 2011

Há 43 anos o Padre Jorge Marques dos Santos deixou Travanca

Depois de ter paroquiado durante seis anos Travanca, Oliveira e Almaça o Sr. Padre Jorge Marques dos Santos partiu para outras funções (Capelão Militar) em 1958. Seguiu-se- lhe como Pároco, o Sr. Padre António Oliveira Veiga e Costa.
Aqui fica um recorte do jornal Notícias de Penacova:
Recorte do Notícias de Penacova de 5 de Outubro de 1958
A notícia, salvo erro, é assinada por Joaquim Marques Luís

Apanha da Azeitona à Moda Antiga


veja notícia no Penacova Online
clicando no cartaz

domingo, outubro 23, 2011

Barragem da Aguieira: 1981-2011

Imagens do excelente livro Penacova
de Varela Pécurto publicado em 1984
Em breve publicaremos mais algumas das imagens da Barragem e da Foz do Dão que este homem da fotografia de Coimbra nos legou na referida obra. 

quinta-feira, outubro 06, 2011

Travanca e a República - pessoas e factos

Para ampliar clique na imagem
 
ALGUNS EXCERTOS DO LIVRO  QUE  SE REFEREM A TRAVANCA
Comissões Republicanas Paroquiais
" Há notícia de que no dia 29 de Março de 1908 se organizaram nas freguesias de S. Pedro de Alva, Travanca e Paradela, as respectivas comissões ''paroquiais'' (…) Em Travanca, à Comissão passaram a pertencer, José Henriques, comerciante e proprietário, José Martins Gomes Júnior, proprietário, e António Pedro Gonçalves.
O arrolamento dos bens da Igreja
De acordo com o art.º 63.º da Lei da Separação, a Câmara nomeou ''homens bons'' do concelho para em cada paróquia procederem ao ''arrolamento'' e inventário dos bens da igreja conforme determinava o art.º 62.º da mesma lei. Assim, foram nomeados: (…) Travanca – José Martins Gomes.

José Pedro Henriques (1869-1911)

José Pedro Henriques nasceu em Travanca, no dia 5 de Janeiro de 1869.
De acordo com o Assento de Baptismo, sabe-se que era filho de José Pedro Júnior, proprietário e negociante, natural da Portela, e de Maria de Oliveira Henriques, moradores no lugar do Paço. Seria neto paterno de José Pedro Senior e de Maria Cecília e neto materno de José Henriques e Joana Maria de Oliveira.
Foi nas instalações da sua fábrica em Penacova que, em 1908, um grupo de republicanos se reuniram para constituir a primeira Comissão Republicana no concelho. Da mesma, fez parte desde a primeira hora e quando chega a notícia da Implantação da República, acompanha Rodolfo Pedro da Silva e Amândio Cabral, convidando as pessoas de Penacova para se concentrarem no Largo Alberto Leitão.

SOBRE A COMEMORAÇÃO DO 5 DE OUTUBRO
E O LANÇAMENTO DO LIVRO VER AQUI

domingo, outubro 02, 2011

Travanca do Mondego tem novo Pároco: Padre Manuel de Oliveira Simões

Em cerimónia integrada na Eucaristia celebrada em São Pedro de Alva, no dia 18 de Setembro, o Padre Manuel de Oliveira Simões assumiu as paróquias de São Pedro de Alva, Travanca do Mondego, São Paio do Mondego, São Martinho da Cortiça e Paradela da Cortiça.
O Padre Manuel de Oliveira Simões celebrou as  Bodas de Prata Sacerdotais no dia 27 de Março de 2011. Ao longo destes anos, esteve em várias paróquias da nossa Diocese. Em 10 de Novembro de 1985, ainda diácono em ordem ao presbiterado, é nomeado cooperador do Padre Diamantino Vieira, nas paróquias de Penela (Santa Eufémia e São Miguel), Zambujal e Podentes. Em 22 de Outubro de 1986, assumiu a paroquialidade de Rabaçal, acumulando as anteriores, e também Pombalinho em 15 de Junho de 1990. No dia 6 de Outubro de 2001 foi nomeado para as paróquias de Cernache, Antanhol, Assafarge, Almalaguês, Bendafé e Vila Seca. Até ao momento  o Padre Manuel Simões encontrava-se a exercer o seu serviço pastoral nas paróquias de Alfarelos, Brunhós, Granja do Ulmeiro e Vila Nova de Anços.

domingo, setembro 04, 2011

Aguieira: terra bem antiga

Quando a nossa zona pertencia à Beira Baixa (segundo a divisão administrativa da altura), já um livro de 1747 falava assim da Aguieira:
" Aldeia pequena da província da Beira Baixa, bispado de Coimbra, Arcediagado de Seia (Cea). Termo da vila de Penacova, freguesia de Santiago de Travanca de Farinha Podre. Está situada junto ao rio Mondego e tem uma ermida de N. S. da "Aguia" a que acodem algumas vezes os moradores vizinhos em romaria".

Passando do passado para o presente, aqui ficam algumas fotografias desta terra que deu o nome à Barragem da Aguieira, concluída há trinta anos:

sábado, setembro 03, 2011

As Águas do Mondego e o novo Reservatório de Travanca


O Subsistema de Abastecimento de Água da Ronqueira serve  as freguesias de Penacova, Friúmes, Oliveira do Mondego, Paradela, São Paio de Mondego, São Pedro de Alva e Travanca do Mondego, Lorvão, Figueira de Lorvão, Sazes do Lorvão (Município de Penacova) e as freguesias de Lavegadas, São Miguel de Poiares, Arrifana e Poiares (Santo André) (Município de Vila Nova de Poiares).
Incluiu  a construção de uma Estação Elevatória, seis Reservatórios e cerca de 41 km de condutas adutoras, e ainda a remodelação de Estações de Tratamento de Água (ETA) e Captações, já existentes, bem como de quatro Estações Elevatórias (para servir  os Reservatórios de Albarqueira, Arrifana, São Pedro Dias e Travanca do Mondego).

sábado, agosto 27, 2011

Rememorando: há 69 anos foi inaugurada a Casa do Povo de S. Pedro de Alva e Travanca

A inauguração, em pleno Estado Novo,
ocorreu a 12 de Setembro de 1942

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Grupo Travancense do Mondego deu espectáculo de teatro e variedades

Recorte de jornal de 2 de Junho de 1945
(o arranjo do título é do T(I)T)

Festa de N. Sra dos Remédios ensombrada por notícias tristes

Como é do conhecimento de todos, no dia 15 de Agosto faleceu a Srª Maria Alice Henriques, viúva do Sr. José Víctor, de Travanca e no dia 20 o sr. Adelino Ferreira. No dia 21  sofreu um grave acidente o Sr. José Tesqueira Fernandes, dos Covais, encontrando-se nos Cuidados Intensivos dos HUC.

domingo, agosto 14, 2011

Fado de Coimbra ecoou em Travanca: noite de encanto no Parque da Fonte

Ontem, sábado à noite, o Parque Padre António Veiga e Costa, recebeu mais um momento de cultura, convívio e lazer. Promovido pela Junta de Freguesia, este serão veio enriquecer o fim de semana que Travanca está a viver com as Festas de N. Srª dos Remédios. Uma noite memorável que contou com a actuação do Quinteto Maravilha (grupo de metais da Casa do Povo de Penacova) e do Grupo de Fados de Coimbra Aeminium (Associação Cultural Coimbra Menina e Moça). Sem desprimor para o Quinteto Maravilha, foi o Grupo de Fados que encantou a numerosa assistência ali presente, sendo para muitas pessoas a primeira vez que assistiram a um espectáculo de Fado-Canção de Coimbra, esse inconfundível estilo musical associado às vivências académicas coimbrãs.

Recorte de A Comarca de Arganil


A Comarca de Arganil está a publicar uma a uma as 11 pessoas penacovenses distinguidas pela Câmara de Penacova no dia do Feriado Municipal. Depois de no número anterior  apresentado o Sr. Francisco Cordeiro de S. Pedro de Alva, na edição de 5ª feira passada, este periódico refere a nossa conterrânea Palmira Gonçalves Viseu.

A foto diz respeito à homenagem da Junta de Freguesia.

quinta-feira, agosto 11, 2011

Nossa Senhora dos Remédios: imagens de 1958

A capela de Nossa Senhora dos Remédios em 1954. Os muros ainda eram muito rudimentares e o arco da sineta tinha o tijolo à vista, o que conferia um aspecto diferente do actual

Aspecto da passagem da procissão, entre o "Fundo do Lugar" e o "Cimo do Lugar", na zona onde hoje se localiza o Café do sr. Casimiro

UM AGRADECIMENTO ESPECIAL A MAURÍCIO ALMEIDA (BRASIL), DESCENDENTE DE TRAVANQUENSES, PELA CEDÊNCIA DAS FOTOS

As Festas de N.S.ª dos Remédios de 1931, 1932 e 1933 noticiadas nos jornais do concelho

Nossa Senhora dos Remédios 2011: Maria na Vida da Igreja

   

15 de Agosto:
Assunção de Nossa Senhora

Os primeiros cristãos costumavam celebrar a memória de pessoas exemplares geralmente no dia de sua morte. A partir do século II, especialmente os mártires tinham o seu dies natalis ressaltado. Por outras palavras, era a comemoração da data do “nascimento para o céu” das pessoas boas. Assim, o dia da morte era motivo de uma veneração bem valorizada pelos crentes. Colocava-se em destaque a santidade de alguém de quem se acreditava estar na presença de Deus. Isso depois de passar por este mundo fazendo o bem a exemplo de Jesus Cristo.
No Concílio de Éfeso, em 431, a Virgem Maria foi chamada Theotókos (Mãe de Deus). Este é o mais antigo “título de Nossa Senhora” registrado na História junto a um Concílio. Gradativamente, em 15 de agosto Maria foi sendo festejada como a “Mãe de Deus”. Esta data acabou por ser considerada como o dia do “trânsito para o céu” da Mãe de Cristo. Em alguns lugares os cristãos criaram Festas Litúrgicas como a “Dormição de Maria” (Oriente) e a “Assunção da Virgem” (Ocidente).
Percebendo a devoção e a fé do povo cristão e depois de uma séria pesquisa entre os bispos, o Papa Pio XII entendeu Maria como mulher preservada da corrupção do pecado e incorrupta no sepulcro. Ela, a grande Mãe de Jesus, o seguiu em tudo do Nascimento à Cruz. Do mesmo modo como seu Filho, nosso Salvador, “vencida a morte, mereceu ser elevada em corpo e alma à suprema Glória do Céu, onde refulge como Rainha, à direita de seu Filho, Rei dos séculos imortal”. Aí está uma verdade de fé! A partir de 1º de novembro de 1950 a Igreja Católica afirmou o Dogma da Assunção, que nada mais é do que um destaque ao fato real acontecido de que Nossa Senhora, em sua integridade, subiu aos Céus depois de terminar sua peregrinação terrestre.
Nós cristãos somos a Igreja peregrina. Um dia também queremos ir para o Céu. Ao celebrarmos em agosto o mês vocacional, procuremos imitar a coragem de muitos dos primeiros cristãos, que deram sua vida por Cristo. Que nisso nos ajude a confiança na bem-aventurada Virgem Maria. Ela, toda humana como nós, procurou fazer em tudo a vontade de Deus, deixando-nos um belíssimo testemunho para que façamos o mesmo. Tal como a Ascensão de Jesus, a Assunção de Maria nos lembra a humanidade que sobe aos céus. Isto significa que encarnados na realidade cotidiana como boas testemunhas do Cristo Ressuscitado, um dia seremos elevados como Maria: Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus”(Colossenses 3,1).
Padre Fabiano Dias Pinto,  Reitor do Seminário São José, Curitiba -  Brasil
[ Texto enviado pelo estimado amigo J. Dionísio Rodrigues ]

Travanca prepara-se para, mais uma vez, festejar N. S.ª dos Remédios, no Dia da Assunção de Nossa Senhora, dia 15 de Agosto. Ponto alto de Fé, Devoção, Encontro de Famílias, Divertimento. Festa que se realiza há imensos anos. Publicaremos alguns recortes de jornais bem antigos e fotografias de há 50 anos. Esteja atento ao post seguinte.

quarta-feira, agosto 03, 2011

Centro Paroquial e Jardim de Infância completam trinta e cinco anos


Apresentação (resumo histórico) feita no Dia da Freguesia 2011
em que o Centro foi distinguido pela Junta de Freguesia.

II Dia da Freguesia: momentos de confraternização e homenagem uniram mais uma vez os Travanquenses


Obs: a maioria das imagens foram amavelmente cedidas pela Junta de Freguesia e as restantes são do Travanca (In)temporal.

Pelo segundo ano consecutivo a Junta organizou o Dia da Freguesia, associado ao Padroeiro de Travanca- S. Tiago - cuja festa litúrgica se celebra a 24 de Julho. Uma louvável iniciativa que tem como objectivo congregar os travanquenses e valorizar o seu trabalho em favor da Comunidade. No ano passado foram homenageados os Presidentes da Junta pós-25 de Abril e este ano, duas instituições locais, a Associação Cultural e Recreativa e o Centro Paroquial.

quarta-feira, julho 27, 2011

Hotel Rural Quinta da Conchada

Aí está! Uma iniciativa que muito orgulha Travanca. Os nossos melhores votos de bom êxito para bem dos promotores, da nossa freguesia e do nosso concelho.


Veja imagens
e saiba mais AQUI e também AQUI 

segunda-feira, julho 18, 2011

Câmara Municipal homenageou Palmira Viseu

 
A Câmara Municipal de Penacova homenageou no dia do Município / Feriado Municipal um conjunto de pessoas que em cada uma das freguesias do concelho se notabilizaram pela sua acção nos mais diversos sectores da vida económica, social e cultural. Em relação a Travanca, a Câmara Municipal em articulação com a Junta de Freguesia,  achou por bem homenagear Palmira Gonçalves Viseu. A Cerimónia decorreu no Auditório do Centro Cultural. Na nota de apresentação feita na circunstância,  foi lido o texto que mais abaixo se transcreve. Deixamos também um pequeno vídeo do momento da homenagem.  
 

"Desde 1976, ano em que o saudoso Padre António Oliveira Veiga e Costa fundou o Centro Paroquial de Bem Estar Social de Travanca do Mondego, que se mantém  ligada a esta instituição, quer como membro efectivo da Direcção, quer como como animadora voluntária e generosa de muitas outras actividades que vão  além do Jardim de Infância.
Jardim de Infância que inicia actividades em Setembro de 1976, sendo inicialmente a principal valência da instituição. No entanto, outras acções junto das crianças vinham sendo desenvolvidas, desde 1971, das quais se destacam as “Colónias Balneares” na Praia de Mira.

Mais tarde, também no contexto desta instituição,  surgem o Grupo Coral, a Escola de Música, o Rancho Folclórico e Etnográfico, o Agrupamento de Escuteiros, e tantas outras iniciativas, contando sempre com a presença, apoio e dedicação da Palmira Viseu.

Desde 2006, ano em que o Padre António Oliveira Veiga e Costa faleceu, se tem batido com todas as suas forças na defesa desta instituição, que mantém ainda hoje aberto aquele que foi o primeiro Jardim de Infância no nosso concelho e que completa neste ano de 2011 trinta e cinco anos."

Junta de Freguesia "mostrou" Travanca na ExpoAlva





quarta-feira, julho 13, 2011

Memórias (In)temporais...

Uma das festas realizadas no Salão Paroquial
Festa de apoio ao Jardim de Infância recém-criado realizada a 26 de Junho de 1977

domingo, julho 03, 2011

Marchas Populares: noite memorável em Travanca:

Travanca viveu ontem à noite mais um acontecimento que ficará na memória desta terra que dá o exemplo da união quando estão em causa projectos que têm como objectivo a promoção cultural e recreativa. São já dez anos de Marchas Populares. No final do desfile das diversas marchas que actuaram, foram projectadas em écran gigante imagens retrospectivas que recordaram momentos vividos quer em Travanca quer em actuações noutros locais. Parabéns Travanca e um sincero reconhecimento pelo óptimo trabalho desenvolvido.
Nota: pedimos desculpa pela pouca qualidade do vídeo, mas mesmo assim não quisemos deixar de publicar aqui este apontamento.

sexta-feira, junho 24, 2011

Contributos para a história de Travanca: a electrificação nos anos cinquenta

Fotografia do ano da Inauguração oficial da luz eléctrica (1958)
(na imagem, a procissão de N.S.R.)
Recorte do Notícias de Penacova
CLIQUE PARA AMPLIAR
Há tempos publicámos uma fotografia do dia da Inauguração da Luz Eléctrica em Travanca. Hoje, mais outra imagem desses tempos e  também um recorte de jornal, preciosamente guardado no Brasil e gentilmente cedido, bem como a fotografia, pelo luso-descendente Maurício Almeida, a quem agradecemos.

domingo, junho 05, 2011

Resultados Eleitorais em Travanca


Resultados às 22 horas
CLIQUE PARA AMPLIAR

Resultados às 22 horas: PSD 44,55%, PS 28,91, CDS 8,53, PCP 7,11  BE 4,74

Ver +

sábado, maio 14, 2011

Hotel Rural Quinta da Conchada: obras avançam a bom ritmo

Imagens: Travanca (In)temporal
Está já bem à vista de quem passa pela zona este projecto de Turismo Rural, que vem trazer à nossa freguesia uma inegável mais-valia de desenvolvimento. Bons êxitos para este empreendimento, felicitando os promotores da iniciativa.

O Travanca (In)temporal fica disponível para qualquer divulgação adicional que os responsáveis entendam fazer neste espaço.

sábado, maio 07, 2011

Censos 1911: quantos habitantes tinha Travanca há 100 anos?

De acordo com a Carta de Lei de 25 de Agosto de 1887, este censo deveria realizar-se em 1910, o que não aconteceu. Só veio a efectuar-se em 1911, devido à perturbação motivada pela mudança de regime verificada naquele ano, tendo sido regulamentado pelo Decreto de 17 de Junho de 1911.
EM TRAVANCA?
" Pelo recenseamento geral da população levado a efeito em Dezembro último, apurou-se que esta freguesia tem 540 habitantes, sendo apenas 211 varões e 329 fêmeas. Dos habitantes, 23 são filhos de outros concelhos e 14 estrangeiros com domicílio nesta freguesia"
Notícia dos jornais de Fevereiro de 1912
MAIS ALGUNS DADOS A NÍVEL NACIONAL
1911 - 1 de Dezembro (V Recenseamento Geral da População)
Metodologicamente idêntico ao censo anterior, acrescentou-se ao estado civil a categoria de divorciados e pela primeira vez as publicações são traduzidas em francês.
 “… o Recenseamento da População não se realizou nesse ano (1910), por ter sido materialmente impossível ao novo regime, cujo advento se deu na época em que tais trabalhos deviam estar em adiantada laboração, …”
“O decano dos portugueses na estatística da ‘longevidade’ era, em Dezembro de 1911, uma fêmea viúva, com 120 anos, que disfrutou regular saúde, porém, impossibilitada de trabalhar, por cegueira, há dois anos”
O censo de 1911 contou 5.960.056 “habitantes de facto” e as famílias tinham em média 4,2 indivíduos.

segunda-feira, maio 02, 2011

Quando a luz eléctrica chegou a Travanca...

Quem se recorda deste acontecimento? Já lá vão mais de cinquenta anos, é certo. A foto junto à cabine, perto da Srª dos Remédios, no dia da inauguração.
Foto gentilmente cedida por Maurício Almeida (Brasil)

terça-feira, março 29, 2011

No Ano Internacional das Florestas Travanca assinalou Dia da Árvore celebrando também a Primavera

No  dia 27 de Março, a Junta de Freguesia comemorou a chegada da Primavera.  No novo e aprazível Parque da Fonte, as crianças puderam participar em  jogos e noutras actividades.
Estamos no  Ano Internacional da Floresta e mesmo que não estivessemos, todos os dias são importantes para sensibilizar para a importância da Árvore. Assim, chegou o momento da plantação de algumas árvores de fruto, onde familiares e amigos fizeram questão de acompanhar os mais novos.
A tarde de convívio e de " educação ambiental"  terminou com um lanche, pretendendo-se  assim proporcionar também um momento de confraternização e amizade entre todos os presentes juntando crianças e adultos.


Uma iniciativa que certamente dará os seus frutos. A Junta de Freguesia está, pois, de parabéns.

O Diário de Coimbra de hoje, deu a notícia.

sexta-feira, março 25, 2011

Centenário da República: a criação da Escola Feminina em Travanca

Sala de aula de outros tempos
Em finais de 1910, inícios de 1911, o Governo criou em Travanca uma Escola do Sexo Feminino. Foi constituida uma Comissão para tratar da sua concretização , formada por  José Fernandes Vieira,Joaquim Dias Correia,Bernardo Jacinto Henriques, José de Matos Vieira, José Martins gomes, Jerónimo José Henriques, José Marques Gonçalves, Joaquim Jacinto Henriques, António Marcelino Gonçalves, José Jerónimo e Jerónimo Jacinto Henriques.

Com data de 10 de Janeiro de 1911 esta Comissão publicou uma Circular onde apelava à oferta de instalações e de mobiliário, bem como ao contributo em dinheiro.
Uma notícia da imprensa da época refere o seguinte:
 “ A comissão que promoveu a adaptação da escola para o sexo feminino desta freguesia e de que os habitantes se podem orgulhar por poderem dar agora a suas filhas o pão da instrução, acaba de receber de António Dias Martins de Cordeiros (região da Baía) - Brasil,  10 mil réis fortes”. Como nota refira-se que  no Brasil havia os réis fracos, que eram a moeda corrente e os réis fortes , usados nas operações cambiais com o exterior, incluindo Portugal . Também de Bernardo Jacinto Henriques, dos Covais, se receberam 5 000 réis e de Júlio Fernandes Gonçalves  ( Luanda) mais 5000 réis. Ainda do Brasil,  de António Albino , Joaquim José Alves e António Joaquim dos Santos, de Guariba – S. Paulo,  4810 réis cada um.
Em 28 de Outubro do mesmo ano, a Comissão já teria, assim,  conseguido donativos no valor de 84 430 réis .

terça-feira, março 22, 2011

Centenário da República: a primeira Comissão Administrativa nomeada pelo Governador Civil

Cartaz da Época
Em Janeiro de 1911 foram nomeadas pelo Governador Civil de Coimbra, sob proposta do Administrador Concelhio, Amândio dos Santos Cabral, as diversas Comissões Administrativas "paroquiais", como na altura se designavam.

Em Travanca, da 1ª equipa administrativa - de cunho republicano -faziam parte:

EFECTIVOS: Jerónimo Jacinto Henriques; João Marcelino Gonçalves; António Pedro Gonçalves; José Maria Víctor e José Martins Gomes.
SUBSTITUTOS: Jerónimo Henriques; António Duarte Gonçalves; Jerónimo Abranches; João de Oliveira Barbeiro e Francisco de Almeida.

Travanca também se organizou em termos políticos, constituindo-se a seguinte Comissão Republicana: Bernardo Jacinto Henriques, José de Matos Vieira, António Marcelino Gonçalves, António Alves M. Gomes, David Joaquim dos Santos e Sebastião Ferreira Pedro. Alguns destes nomes também tiveram um papel de algum relevo  a nível concelhio, participando na consolidação do republicanismo.

Próximo apontamento histórico: a criação da Escola do Sexo Feminino em Travanca ( 1911 )

Festa da Primavera: mais uma louvável iniciativa da Junta de Freguesia

domingo, março 13, 2011

Notas para a História Local: Presidentes de Junta desde 1882


1882- David José Henriques; 1884-José Marques Gonçalves; 1886 - José Victor; 1887- David José Henriques e António José Alexandre; 1890- José Marques Gonçalves; 1893- António José Alexandre; 1896- Bernardo José Maria da Fonseca; 1900- Manuel Francisco Dinis de Abreu ; 1911-Jerónimo Jacinto Henriques; 1914 - Bernardo Jacinto Henriques e António dos Santos; 1918- José Fernandes Vieira; 1923- Jerónimo Jacinto Henriques; 1926- Joaquim José Alves Júnior; 1936-Jerónimo Jacinto Henriques; 1946- Alípio Mendes; 1955-António Alves de Oliveira; 1971- José Oliveira Henriques; 1980-Alípio Pereira Rosas; 1983- Rufino Joaquim Pereira; 1985-Sérgio da Silva Ferreira Gomes; 1986-David Gonçalves de Almeida; 1989-Jaime Saraiva de Sousa;1993- António Alves Dias Vieira; 2009- João Filipe Martins Azadinho Cordeiro.

PRÓXIMO APONTAMENTO: A PRIMEIRA COMISSÃO ADMINISTRATIVA REPUBLICANA

Nota da Redacção: apresentamos o nosso pedido de desculpas ao Sr. António Dias, por gralha ocorrida no nome, agora correctamente rectificado.

domingo, março 06, 2011

Ecos de Vozes Distantes: Trigémeos

recorte de jornal de 1 de Abril de 1916

Recenseamento Geral da População e da Habitação

Inicia-se esta segunda-feira, dia 07 de Março, a maior operação estatística realizada em Portugal. Os Censos realizam-se de 10 em 10 anos, sendo uma operação que promove um contacto de proximidade com as populações, mobilizando estimadamente cerca de 30 mil colaboradores.
Para quem não têm conhecimento, segundo os Princípios e Recomendações da ONU (2006), os Censos são entendidos como processos normalizados de recolha, tratamento, avaliação, análise e difusão de dados referenciados a um momento temporal específico e respeitantes a todas as unidades estatísticas (indivíduos, famílias, alojamentos e edifícios) de uma zona geográfica bem delimitada, normalmente o país. Assim, de um modo mais simples e simplificado podemos referir que o objectivo dos Censos 2011 é o de recensear todos os cidadãos e famílias residentes, ou apenas presentes, no território português, independentemente da sua nacionalidade, bem como todos os alojamentos e edifícios destinados à habitação. Convém frisar que a recolha de dados decorre simultaneamente em todo o território nacional, e a resposta é obrigatória por Lei. Para além de ser um direito, o recenseamento assume-se como um dever de cidadania. Ao responder aos Censos, cada cidadão está a “contar” para a “fotografia” da população e do parque habitacional. Essa fotografia só terá qualidade se reflectir a realidade de todos e de cada um. Ao não responder, estará a impedir a nitidez e o rigor desse retrato e das medidas que, a partir dele, forem tomadas.

Os resultados obtidos após concluído o recenseamento são inestimáveis indicadores, preciosas ferramentas de trabalho ao dispor dos Governos e das Autarquias para delinear linhas de acção e políticas para o futuro.
Sendo um processo que tal como salientei anteriormente, privilegia o contacto directo com a população, os recenseadores desempenham um papel bastante importante, pois são eles os verdadeiros elos de ligação entre a população e o INE. Assim para evitar, ou diminuir, as tentativas de burla que pontualmente se poderão verificar, os recenseadores irão trazer um cartão de identificação com a sua fotografia, número de bilhete de identidade/cartão de cidadão, e o número de contribuinte, encontrando-se o mesmo documento identificativo carimbado pela Junta de Freguesia. Assim, os recenseadores serão facilmente identificáveis, até porque serão oriundos para zona onde estão a realizar a actividade censitária.
O INE recomenda que nunca dê dinheiro a alguém que hipoteticamente se apresente como recenseador, e caso desconfie de alguma movimentação estranha, não hesite em contactar o GNR local, pois esta força de segurança têm indicação do nome de todos os recenseadores a colaborar com o INE, e poderá proceder ao cabal esclarecimento, ou actuar em caso de burlas, ou tentativa das mesmas.
Em suma, urge mais uma vez salientar, que os recenseadores estarão visivelmente identificados e prestarão todos os esclarecimentos, e eventual apoio, necessários ao preenchimento dos questionários.

Face ao último Censos realizado em 2001, o INE no conjunto de estudos piloto, testes e outras experiências, disponibilizou, acompanhando o desenvolvimento tecnológico, a possibilidade das pessoas poderem fazer o recenseamento através da Internet. No momento da distribuição dos questionários, será entregue um envelope que contém um código de identificação e uma password, que possibilitam o recenseamento através da Internet. Quem não dispõe de computador e/ou ligação à internet poderá usufruir do balcão e-Censos em todas as Juntas de Freguesia, onde é possibilitado à população o acesso a um equipamento informático com ligação à Internet. Se optarem por fazer o recenseamento pela internet poderão verificar tratar-se de um procedimento mais cómodo e mais rápido.
Todos dados individuais recolhidos, quer através do recenseamento por papel ou internet, destinam-se apenas a fins estatísticos, são confidenciais e estão sujeitos a segredo estatístico, pelo que não podem ser divulgados. Todos os profissionais envolvidos na execução dos Censos estão obrigados, por Lei, ao dever de sigilo, podendo, em caso de infracção (nunca ocorrida) ser processados civil e criminalmente.

O processo censitário decorrerá sensivelmente ao longo de oito semanas, decorrendo no período de 7 de Março a 24 de Abril do presente ano, podendo ser alargado, caso seja necessário, para proceder ao controlo da qualidade da informação recolhida. Os trabalhos de campo encontram-se divididos em 4 fases que passo a apresentar.

Fase 1: De 7 a 20 de Março: Distribuição da documentação aos cidadãos
Fase 2: De 21 a 27 de Março: Resposta só pela Internet
Fase 3: De 28 de Março a 10 de Abril: Resposta pela Internet e em papel
Fase 4: De 10 a 24 de Abril: Resposta só em papel

É importante também referir a existência de uma linha de apoio disponibilizada aos cidadãos através do número 800 22 2011 (chamada gratuita), estando em funcionamento nos dias úteis das 9 horas às 20 horas, a partir do dia 1 de Março até ao final do processo de recolha.

Portugal conta connosco. Nós contamos consigo. Participe colaborando com os recenseadores.
Atenciosamente,


Pedro Alpoim – Delegado do INE para o Concelho de Penacova

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Brinquedos Tradicionais: Arco e Gancheta

Muitos de nós nos lembramos e quantas vezes foi um dos nossos brinquedos!
O arco é um brinquedo muito antigo. Os romanos  já o usavam: no Museu do Vaticano existe um baixo relevo de um sarcófago infantil do séc. II d.C. que mostra uma criança a brincar com arco e gancheta.

Breughel ( 1560 )

Em épocas mais recentes ficou documentado em gravuras e em pinturas célebres como, por exemplo, nos “jogos infantis” de Breughel, um quadro de 1560.
A gancheta nem sempre precisava de ser usada, podendo o arco, ( neste caso, um aro de pipa ou também, um aro de bicicleta sem os raios ) ser tocado apenas com um pau. Em Travanca muitas vezes se usava o aro da bicicleta, que era mais leve e mais fácil de arranjar.
Não admira que seja um brinquedo tão antigo pois se trata de um objecto prodigioso e fascinante, como prodigiosa é a imaginação das crianças de todos os tempos e de todos os lugares, quando na rua podiam brincar livremente.
“Ir de arco” era como voar…e na falta duma bicicleta…a imaginação corria velozmente…